A Casa do Infante recebe o colóquio conversado “Casa do Infante: Sete Séculos de Vivências”, no dia 12 de junho, a partir das 10 horas. A iniciativa, integrada no programa comemorativo que assinala os 700 anos do edifício, será um momento de partilha e um encontro alargado para pensar a Casa e o modo de a habitar.
Ao longo do dia, especialistas de diferentes áreas vão abordar a história multifacetada da Casa do Infante e o modo como o edifício foi sendo vivido e reinventado ao longo dos séculos, desde a sua fundação até ao seu papel atual como sede do Arquivo Histórico Municipal do Porto.
À semelhança do documento mais antigo guardado no Arquivo, um pergaminho musical do século XI-XII que abdicou da sua função primeira para encadernar um livro quinhentista, também a Casa do Infante tem sido capaz de se reinventar e acolher todos os que a têm escolhido para cumprir tão distintas funções.
O evento reúne nomes como Alexandre Quintanilha, Germano Silva, Maria Helena Braga, Nuno Camarneiro, Manuel Luís Real, Manuela de Melo, Nuno Tasso de Sousa, entre outros, num dia de reflexões, conversas, poesia e música.
“Como se desenha uma casa? Primeiro abre-se a porta”, “De um traço nasce a arquitetura”, “No princípio não era o verbo mas o antes” ou «Uma casa, ou é um organismo vivo, ou não é uma casa (…)” serão os temas em debate.
Nota ainda para a inauguração, às 11h30, da mostra documental “No coração da casa: uma sala”, instalada na Sala de Memória, a primeira sala de leitura da Casa do Infante, e para a mesa-redonda que encerra o programa do colóquio, “Sete séculos de casa: sete olhares”.
Inscrições e programa completo disponíveis no site do Museu do Porto.
Comemorações dos 700 anos da Casa do Infante
Sete séculos depois da primeira pedra, a Casa do Infante celebra, em 2025, o edifício, que, ao longo do tempo, albergou tantos serviços, usos e acontecimentos. Assinala a data com um programa de comemorações que arrancou em março e que se prolongará por todo o ano de 2025, com diversos eventos culturais, refletindo a sua longa trajetória.
O programa é inspirado no mais antigo documento conservado no Arquivo Histórico Municipal, que tem sede na Casa do Infante. Trata-se de um pergaminho musical dos séculos XI-XII, que contém parte do Ofício de Santa Cecília e o Ofício de São Saturnino.
Este documento, usado posteriormente para encadernar um livro do século XVI, foi escolhido como símbolo das reinvenções que marcaram o edifício e que permitiram que acolhesse todos os que, ao longo do tempo, o habitaram, bem como tão distintas funções. A programação é estruturada em sete momentos distintos, encerrando no mês de novembro com um concerto-palestra.
CM PORTO