Reformas e pensões… Onde está o dinheiro?

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
WhatsApp
Email
paulo alves

Muito se tem falado e escrito sobre os futuros pensionistas, nomeadamente no valor das suas pensões após a cessação do trabalho activo.

Os trabalhos realizados por várias instituições internacionais, Banco Mundial, OCDE, OIT e FMI alertam para várias reformas no sistema mesmo que venham a ter custos políticos que normalmente os governos em função ignoram.

Vários estudos apontam o colapso na década de 2040 onde existirão menos de um milhão de trabalhadores a descontar para a segurança social, ora pela baixa de natalidade, ora pela imigração, mas principalmente pelo envelhecimento da população.

No presente, o valor gasto anual pela segurança social a todos os pensionistas cifra-se em cerca de dezoito mil milhões de euros, comparando com o valor do fundo de estabilização financeira em vinte e dois mil milhões de euros, bastaria uma crise pandémica com encerramento das empresas ou uma guerra de pouco mais de um ano, para que todos os pensionistas despejassem o fundo de estabilização sem termos que esperar até ao ano 2040.

O apelidado “imposto Mortágua “, ou seja, o adicional do IMI, conseguiu transferir para o fundo de estabilização da segurança social cerca de trezentos milhões.

O IVA social, mais o adicional à contribuição bancária e uma parcela do IRC contribuíram mais em cerca de mil e duzentos milhões de euros.

Onde se poderá ir buscar mais para ajudar os pensionistas?

O ano anterior de 2021 fustigado pela pandemia, o fundo de estabilização cedeu em cerca de quinhentos milhões de euros para acudir subsídios da segurança social. Fará algum sentido mexer nesse dinheirinho dos descontos destinados a reformas para subsídios? na minha opinião não! Seria despesa para orçamento geral de estado ou do querido PRR. Também não é justo mexer no dinheirinho dos trabalhadores para investimentos que o ministro da tutela ache ser bom investimento correndo riscos de o perder, como aliás aconteceu…

A pergunta sem resposta, como diria Miguel Júdice:

Um trabalhador passa uma vida em cerca de 40 anos a descontar 11% do seu salário, o empregador acrescenta 23,75%, o que totaliza uma taxa de 34,75%, mais ou menos 1/3 do salário. Em mil euros de salário é transferido para o fundo de estabilização trezentos e cinquenta euros, multiplicados por quarenta anos amealha cento e sessenta e oito mil euros, certo ? se o pensionista viver mais vinte anos após o fim do seu trabalho, tal quantia lhe permitiria uma reforma mensal de setecentos euros. Acrescido à quantia de juros remuneratórios do capital na banca e já sem os custos de deslocação e alimentação no trabalho a pensão seria compatível com o valor do salário enquanto trabalhador.

Se assim for, onde está o dinheiro?

Paulo Alves

Não perca as nossa notícias. Subscreva já a nossa NewsLetter

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore