Quinta do Gama. “Estão a dar ordem de despejo a quem gastou balúrdios nas casas”

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Moradores da Quinta do Gama, no Bonfim, enfrentam despejos após venda da ilha em 2021

Na zona do Bonfim, no Porto, os residentes da Quinta do Gama, um conjunto de habitações antigas escondido atrás de muros na Rua de Barros Lima, estão a ser forçados a sair das casas onde muitas famílias vivem há gerações. A propriedade foi vendida por permuta a uma imobiliária em 2021, após fazer parte de uma herança indivisa. Desde então, os novos donos começaram a enviar ordens de despejo.

Segundo Nuno Coelho, morador de longa data e representante da associação de residentes, cerca de 30 pessoas vivem ali em 12 casas. Algumas famílias já saíram e outras estão em processo de despejo, como a de Fernando Rocha, que investiu milhares de euros na reabilitação da casa e enfrenta agora a saída imediata, sem alternativa.

Muitos moradores, idosos ou com problemas de saúde, dizem-se abandonados pela junta e pela Câmara do Porto. Alguns falam mesmo em “bullying imobiliário”, criticando o facto de estarem a ser expulsos de casas que mantiveram com os próprios recursos, sem apoio dos senhorios.

Apesar de pedidos de ajuda e inscrições na Domus Social, a esperança de acesso a habitação social é escassa. “Trabalho há 27 anos e nunca pedi nada”, desabafa Fernando, doente e sem saber para onde ir.

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