Valor médio de apoio atinge máximo de 200,82 euros por mês
Reforço de orçamento, hoje aprovado por unanimidade em reunião de Câmara, permite chegar a 100% das candidaturas elegíveis.
A 10.ª edição do Porto Solidário, o programa municipal de apoio à renda, vai ajudar 644 famílias, o maior número desde a sua criação, em 2014. A edição de 2022 fica também marcada pelo valor recorde de verba concedida. Aos 2,65 milhões de euros inicialmente previstos junta-se agora um reforço de 253 mil euros, aprovado por unanimidade hoje, em reunião de Câmara, que permite chegar a 100% das candidaturas elegíveis.
O Porto Solidário – Fundo Municipal de Emergência Social – tem como objetivo apoiar as famílias com dificuldades financeiras e em situação de emergência habitacional, através da atribuição de um valor mensal para auxiliar no pagamento da renda, ou prestação bancária, durante dois anos.
Na 10.ª edição, a mais concorrida de sempre, o valor médio de apoio atribuído atingiu o novo máximo de 200,82 euros por mês. O pagamento aos primeiros beneficiários teve início no passado mês de maio, considerando sempre os retroativos correspondentes à data da candidatura.
Das 836 candidaturas recebidas pela Domus Social, empresa municipal responsável pelo programa, 644 foram consideradas válidas pelos critérios definidos no regulamento. Com o reforço de 253 mil euros agora aprovado será possível abranger a totalidade desses pedidos.
No total, considerando os 613 agregados abrangidos pela 9.ª edição, cujo apoio termina em 2023, são mais de 1200 as famílias que, atualmente, beneficiam do Porto Solidário. Desde 2014, o Município já investiu mais de 13 milhões de euros neste programa que já apoiou mais de 4500 famílias.
As famílias da 10.ª edição
Segundo os dados recolhidos pela Domus Social, as famílias abrangidas pela 10.ª edição do Porto Solidário têm uma dimensão média de 2,05 elementos e, em cerca de 40% dos casos, pelo menos um menor a cargo. A maioria reside nas freguesias do Centro Histórico do Porto (26%), Campanhã (19%) e Paranhos (18%).
Para estes agregados, a renda da casa corresponde, em média, a uma despesa de 353 euros, para um rendimento mensal de apenas 600 euros, ou seja, cerca de 60% dos rendimentos são alocados ao pagamento da habitação. Números que refletem o cenário cada vez mais difícil para as famílias, em que aos crescentes encargos com a renda da casa soma-se a perda de poder de compra provocada pela inflação. Neste contexto, o Porto Solidário assume um papel cada vez mais determinante no apoio do Município às pessoas e famílias que atravessam graves dificuldades financeiras, permitindo que possam manter as suas casas e passar por um período de menor asfixia financeira.
Fonte: CM Porto | www.porto.pt