Obras na Ponte do Brás Oleiro: Trabalho noturno permite betonagem dos novos maciços sem perturbar a circulação diurna

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Os trabalhos de reabilitação, reforço e alargamento da Passagem Superior à linha de Caminho de Ferro, na Rua D. Afonso Henriques, em Águas Santas, vulgo Ponte do Brás Oleiro, deram, esta semana, mais um importante passo em frente para ficarem concluídas dentro dos prazos previstos. Os trabalhos realizados durante a madrugada foram no sentido de colocar os cimbres, que vão permitir a betonagem dos dois novos maciços de encabeçamento da ponte.

Numa primeira fase, foram colocadas as bases de apoio do cimbre dos maciços de encabeçamento das microestacas M1 e M2. Foram aplicadas lajes de betão pré-fabricadas em ambos os encontros da Passagem Superior do lado Ermesinde, com recurso a um camião grua posicionado no tabuleiro/encontro da passagem ao nível da plataforma rodoviária. A partir do canal ferroviário foi ajustado o seu posicionamento no local de aplicação.

Depois, procedeu-se à montagem do cimbre (cofragem que serve de molde para a construção da laje da nova ponte) dos maciços de encabeçamento M1ERM (norte – Areosa) e M2ERM (sul – Alto da Maia). Os trabalhos para as ligações provisórias da rede de terras, realizados por equipa especializada, obrigou à interdição da via férrea e ao corte de tensão nas catenárias.

Os trabalhos levados a cabo esta semana implicaram, ainda, o desvio da linha de águas pluviais existente no encontro da passagem superior.

Quando ocorrem fortes chuvas, a rede de águas pluviais extravasa o seu curso normal, através da descida de talude existente em cantaria. Por uma questão de precaução e salvaguarda à estabilidade do cimbre a montar, vai ser aplicada uma tubagem provisória em PVC encaminhando as águas para o canal de drenagem existente na via férrea.

Com as duas estruturas de cimbre montadas (M1ERM e M2ERM) vai ser possível avançar com a colocação das cofragens e armaduras para permitir a betonagem dos maciços de encabeçamento das microestacas (M1 e M2).

Só depois de concluídos os maciços e possibilitada a sua desmoldagem é que vai ser possível dar sequência ao processo de demolição de metade do tabuleiro existente, do lado de Ermesinde (nascente).

A Câmara Municipal da Maia recorda que a linha férrea obriga a que os trabalhos só possam decorrer durante a noite, garantindo a segurança das populações e diminuindo os incómodos para quem utiliza aquela passagem aérea ao longo do dia.

É fundamental compreender que devido à necessidade de compatibilizar o andamento dos trabalhos com o normal funcionamento da linha férrea e para salvaguarda da catenária eletrificada, esses trabalhos só podem ser executados, em horários específicos, nos períodos de condicionamento e interdição da via férrea.

Todos os dias, como planeado, a obra avança, com segurança, entre as 03h00 da madrugada e as 08h00 da manhã, ao ritmo possível, tendo em conta que se impõe garantir a segurança de pessoas e bens e conciliar as demais condicionantes, nomeadamente as condições atmosféricas.

A Câmara Municipal da Maia está a encetar todos os esforços no sentido de que a obra seja concluída nos prazos programados, sendo que até ao momento, apesar de algumas intempéries, os trabalhos estão a decorrer dentro do planeado, apelando à população que vive nas áreas envolventes ou que habitualmente utiliza aquele percurso, para que compreenda que os naturais inconvenientes que as obras provocam são inevitáveis, mas visam um bem maior num futuro a curto prazo, como é a segurança e a melhoria das condições de circulação naquela passagem.

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