Para assinalar simbolicamente o início do ano letivo no concelho, o executivo municipal visitou, a 20 de setembro, a escola básica de São Paio, em Canidelo, onde foi inicialmente recebido por uma turma do 4.º ano de escolaridade que, em nome dos 220 alunos daquele estabelecimento, agradeceu à autarquia as intervenções levadas a cabo nos últimos tempos.
Recorde-se que esta estrutura foi alvo de obras de melhoria, nomeadamente ao nível da requalificação dos espaços exteriores, construção de uma nova cozinha, insonorização da sala comum, aproveitamento de espaço para criação de armários para arrumos e construção de um novo acesso para pessoas com mobilidade reduzida e/ou condicionada. Além disso, também as coberturas em amianto foram retiradas, tal como aconteceu em todas as escolas do 1.º ciclo, num investimento total a rondar os oito milhões de euros. Para breve está a criação de um parque infantil, um processo mais moroso uma vez que se trata de um procedimento de aquisição de vários equipamentos similares para todo o concelho.
Vila Nova Gaia tem 108 escolas do 1.º ciclo. Com o processo de descentralização, a autarquia ficou responsável por mais cinquenta estabelecimentos e, por consequência, mais 1300 funcionários. Os desafios, neste arranque de ano letivo, são imensos, mas têm sido respondidos com dinamismo e proatividade por parte dos serviços municipais e da comunidade educativa. “Este é um mega trabalho que foi preparado de forma dedicada e competente por todos e, sem dúvida, o objetivo será sempre o de trabalhar para que as coisas corram bem”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia. Quanto às queixas relativamente à escassez de funcionários nas escolas, o presidente foi perentório: “avançamos com um concurso para suprir lacunas que já vinham do tempo antes da descentralização. De forma excecional para este ano, lançamos um procedimento para ter uma empresa de trabalho temporário a disponibilizar funcionários de forma imediata enquanto não temos os concursos finalizados. Ganhamos de duas formas: cativamos as pessoas para entrarem nos concursos (criam vínculo à escola e querem continuar) e damos uma resposta pacífica aos problemas”.
Quanto aos défices que eventualmente possam surgir do ponto de vista financeiro, Eduardo Vítor Rodrigues também deixou uma garantia: “no final deste ano civil, apuraremos os valores, acreditando sempre que conseguimos negociar. Se tivermos de superar um pouco o que está previsto na lei e nas transferências financeiras, fá-lo-emos, em nome das crianças e das famílias”.
Na EB de São Paio, de um modo particular, não foi escondido o orgulho no trabalho que ali tem sido desenvolvido, numa combinação perfeita entre o trabalho tradicional de uma escola e a obra extraordinária da CerciGaia na área da multideficiência e do autismo “Esta é uma escola exemplar do ponto de vista da integração”, concluiu Eduardo Vítor Rodrigues.