A nova Biblioteca de Baião vai designar-se Biblioteca Municipal António Mota, por proposta apresentada pelo Presidente, Paulo Pereira, na reunião de Câmara realizada no dia 11 de janeiro, e aprovada por unanimidade. O novo equipamento que vai ser inaugurado, amanhã, dia 14 de janeiro, pelo Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, terá o nome de um “ilustre baionense que contabiliza 40 anos de atividade literária como escritor, uma personalidade marcante da vida cultural de Baião”, sublinhou o edil, lembrando a consagração do escritor pelo Município, no dia 30 de novembro de 2019.
A justiça da homenagem que se presta a António Mota é ainda justificada pelo autarca baionense com reconhecimento público nacional, comprovado pelos diversos prémios e distinções que lhe foram atribuídos, pela extensa obra literária, com diversos títulos traduzidos em várias línguas, além do contributo que vem prestando em outras publicações e ações relevantes para o enriquecimento do património cultural.
O seu nome ficará perpetuado num dos equipamentos de referência do concelho que se constituirá como um polo dinamizador da Educação e da Cultura, a Biblioteca António Mota – Baião.
António Mota
António Mota nasceu em Vilarelho, Ovil, concelho de Baião, distrito do Porto, em 1957. É professor do Ensino Básico desde 1975 e publicou mais de 100 obras, sendo que mais de 50 livros da sua autoria foram integrados no Plano Nacional de Leitura.
Em 1979 publicou o seu primeiro livro: “A Aldeia das Flores”. Em 1983, com a obra “O rapaz de Louredo” ganhou um prémio da Associação Portuguesa de Escritores.
Em 1990, com o romance “Pedro Alecrim” recebeu o Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças. Em 1996, com a obra “A casa das bengalas”, ganhou o Prémio António Botto. Em 2004 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para crianças e jovens, na modalidade livro ilustrado, com o livro “Se eu fosse muito magrinho”.
Em 2006 escreveu o seu primeiro livro para adultos “Outros Tempos” – obra profundamente marcada pela ruralidade.
Em 2008 foi agraciado pela Presidência da República como Oficial da Ordem de Instrução Pública.
Em 2014 e 2015 foi nomeado para o prémio ALMA, uma das mais importantes distinções internacionais na área da literatura infantojuvenil.
A sua obra, “Mensagens do avô”, publicada em 2020, foi a mais recente direcionada para adultos.
Em 2022 lançou o seu último livro com o título “A minha família”.
Participou em diversas publicações concelhias, de onde se destacam, a primeira e única Monografia realizada até hoje, a pensar especialmente nas crianças e jovens, “Andarilhos de Baião”; a publicação regular da página “O Cantinho da Criança”, no jornal concelhio “Notícias de Baião” (primeira série), e a chefia de redação da revista cultural BAYAM, da Cooperativa Cultural de Baião – Fonte do Mel, publicação à qual foi atribuído o estatuto de “Interesse Público Cultural”.
Desde 1980, António Mota é convidado a visitar escolas do ensino básico e secundário e bibliotecas públicas em diversas localidades do País, contribuindo, desta forma, para o fomento do gosto pela leitura entre crianças e jovens. Tem colaborado em vários jornais e foi interveniente em ações realizadas por várias Escolas Superiores de Educação de Portugal.