Poderiam ter sido encostados ou deitados ao lixo. Em vez disso, 122 computadores – com algum tipo de anomalia – foram entregues pela comunidade e recuperados pelos 70 pares de mãos voluntárias que se juntaram ao projeto municipal ReBOOT. Os equipamentos vão, agora, servir as necessidades de instituições da Rede Social do Porto.
A recuperação destes equipamentos, e sua consequente reintrodução ao serviço da comunidade, permitiu, também, um ganho ambiental com a poupança de dez toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCo2eq) evitadas.
O trabalho de reparação foi desenvolvido ao longo de sete sessões e cerca de 420 horas de capacitação, dinamizadas pela Recycle Geeks, startup portuense dedicada à valorização de equipamentos informáticos com um modelo de negócios sustentável do ponto de vista ambiental e social.
Toda a gente se pode juntar, independentemente dos conhecimentos técnicos e informáticos, e contribuir para uma economia circular. O formulário de inscrição pode ser encontrado na página do ReBOOT. O projeto disponibiliza, ainda, um Manual de Reparação. “Cada vez mais temos de estar envolvidos nestes fenómenos, dar um caminho melhor aos equipamentos eletrónicos”, sublinha o vice-presidente, Filipe Araújo, que é, também, vereador do Ambiente e Transição Climática.
O ReBOOT é uma iniciativa do Município do Porto, suportada pela Porto Digital, pela European Recycling Platform Portugal, pela LIPOR e pela Porto Ambiente. Conta, ainda, com o apoio da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, do Instituto Superior de Engenharia do Porto, da Universidade Portucalense e da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Sob o lema “Repara o teu computador. Transforma o mundo”, o projeto enquadra-se no Asprela + Sustentável e tem financiamento dos EEA Grants.