Em Gaia, o mês de setembro começa com o Gaia World Music, a festa da música tradicional do mundo, que vai animar a Beira-Rio, em particular, o Espaço Zé da Micha e o Espaço Corpus Christi.
Em 2022, o GWM conta com a participação de representantes de Portugal, França, Espanha e Guiné Conacry para animar o público, sendo que há um espaço inteiramente dedicado aos mais novos, o Kids Fan Zone, com insufláveis, ateliês – pintura, escultura, colagem e reciclagem, alusivos aos instrumentos do mundo, acompanhados por pessoal qualificado – e um kids lounge, com vista privilegiada para o palco do Espaço Zé da Micha. O acesso ao Kids Fan Zone é gratuito, mediante apresentação de pulseira KFZ (adquirida no local) e declaração do encarregado de educação.
Nesta edição, o GWM inclui na sua programação uma curiosa exposição de instrumentos tradicionais, reunida pelos Galandum Galundaina, responsáveis pela curadoria deste Festival, um evento que visa promover no norte do país a música de raiz popular.
O GWM é uma iniciativa do Município de Gaia que conta com o apoio da RTP Palco – plataforma digital que irá transmitir os concertos GWM em data a definir. A Super Bock irá equipar o recinto GWM com as condições para saborear uma bebida refrescante. As Águas de Gaia são parceiro GWM, apoiando na logística e disponibilizando água potável gratuita, bem como informação e ações de sensibilização para a importância da água, o seu consumo e a sua poupança.
O acesso ao GWM (M/3) é gratuito, mediante apresentação de pulseira, que poderá ser levantada no Edifício PraÇa e na Loja Interativa de Turismo, a partir do dia 25 de agosto.
Programa GWM
Espaço Zé da Micha
2 de setembro
18h30: Morvan Massif Trio (França)
21h30: Galandum Galundaina (Portugal)
23h00: DJ Celeste/Mariposa (Portugal)
3 de setembro
18h30: Felpeyu (Espanha)
21h30: Ana Laíns (Portugal)
23h00: Sanké (Guiné Conacry)
2 e 3 de setembro
17h30 às 24h00: Kids Fan Zone
M/3
Espaço Corpus Christi
2 e 3 de setembro
10h00 às 13h00 e 14h00 às 18h00: Exposição de instrumentos musicais dos Galandum Galundaina
Morvan Massif Trio nasce de um pedido do “William Kennedy Piping Festival” que se realiza no norte da Irlanda. Essa marca é bem visível no seu repertório, mas também na utilização de instrumentos como a uilleann pipe.
O violino, de Didier Gris, e o acordeão cromático, de Sébastien Lagrange, harmonizam na perfeição as diferentes gaitas de fole (cornemuse), de Gaël Rutkowski, numa viagem pelas sonoridades irlandesas, escocesas e a música tradicional da região do maciço de Morvan, na França, de onde são originários através de temas tradicionais e também de composições originais feitas pelos próprios.
Este trio de exímios músicos que se tem apresentado na Europa e resto do mundo ao longo dos últimos 20 anos, faz a sua estreia em palcos nacionais na edição de 2022 do Gaia World Music.
Galandum Galundaina iniciou o seu percurso em 1996 e, desde aí, tem recriado o repertório tradicional mirandês através de composições e instrumentos desenvolvidos pelos próprios. Para Galandum Galundaina, o futuro está enraizado no passado do repertório tradicional que transportam para o tempo presente com um piscar de olhos ao futuro. Com destaque para a singular gaita de foles mirandesa, também a flauta pastoril e as percussões tradicionais pontuam este enérgico concerto do quarteto mirandês.
Uma música tão agradável para ouvir como para dançar!
Celeste Mariposa quer o desvendar da história que passou aliado à gravação do presente, tem tanto de desejo melómano como de movimentação ativista (a luta contra a hegemonia anglo-saxónica e centro-europeia em favor de uma verdadeira e democrática diversidade musical) afirmação da música e cultura da África de expressão portuguesa como riqueza imprescindível, reconhecida e acarinhada não só pelas comunidades africanas no nosso país, seus descendentes portugueses, e na Diáspora, mas por todos.
Neste contexto Portugal está no centro do mundo!
Seguindo a tendência do folk europeu, a reinterpretação da música tradicional asturiana é o principal objetivo de Felpeyu. A investigação etnográfica e o trabalho com partituras, manuscritos de música coral, cantares populares, arquivos sonores é uma base importante das composições de Felpeyu baseadas em estruturas e ritmos tradicionais.
A sonoridade do grupo surge da mistura entre os instrumentos e técnicas interpretativas tradicionais com arranjos cuidados e o encontro com influências europeias e atlânticas.
Além dos inúmeros palcos por onde passaram em Espanha, têm levado a música tradicional asturiana por vários países da Europa, com passagens também pela Líbia, Canadá e Austrália.
Consideram-se um elo mais no processo de recuperação e dignificação da cultura asturiana. É à comunidade asturiana que dirigem todo o seu trabalho e consideram depositária do mesmo.
Ana Laíns também canta o fado, mas está longe de ser apenas mais um registo hermético de um género musical. Na sua música cabem múltiplos registos de uma portugalidade antiga e todas as cores da lusofonia que projetam esse grande mar comum que é a Língua Portuguesa.
Uma artista consagrada pelos vários prémios, e elogiosas críticas recebidas, ao longo de uma sólida carreira durante a qual se apresentou em palcos de vários países, sobretudo nos continentes europeu e americano. Destaca-se o convite de Boy George para uma colaboração no tema Amazing Grace e a Celebração dos 8 Séculos de Língua Portuguesa, da qual foi anfitriã num espetáculo que teve como convidados, artistas de referência dos 8 países de Língua Portuguesa.
Acompanhada de exímios músicos, Ana Laíns apresenta-se em quinteto num concerto que junta o dramatismo do fado e a força da música tradicional portuguesa numa performance muito própria através da qual transmite uma vibrante energia a todo o público.
Sanké traz a Vila Nova de Gaia melodias africanas que fazem viajar a imaginação.
O virtuoso músico multi-instrumentista Aboubacar Sylla é a alma deste projeto que lidera com a kora, num estilo único que funde a sua raiz africana com o funk, o flamenco ou o jazz.
A residir em Espanha desde 2001, formou e integrou diversos projetos cruzando instrumentos tradicionais africanos com sonoridades europeias.
Sanké representa a universalidade da world music, onde a diversidade se encontra para dialogar numa única linguagem: a música!
Mais informações através do e-mail gaiacultura@cm-gaia.pt
Fonte: CM Gaia/ Gaia World Music