Porto adere à Rede de Cidades Vilas que Caminham

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A assinatura de protocolo e respetiva atribuição da Bandeira da Rede de Cidades e Vilas que Caminham assinalam o início dos trabalhos entre a Câmara Municipal do Porto e o Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM).

A Câmara Municipal do Porto recebe esta quarta-feira, dia 10 de janeiro, às 16 horas, a bandeira “Rede de Cidades e Vilas que Caminham”, em cerimónia a decorrer no átrio dos Paços do Concelho.

A Rede Cidades e Vilas que Caminham, programa coordenado pelo ICVM, faz parte de um acordo de escala internacional com a Red Ciudades que Caminan que reúne mais de 80 municípios em Espanha.

Esta Rede, que agora, se inicia em Portugal, já com cerca de 40 municípios portugueses aderentes (entre eles Braga, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Viseu, Leiria e Portimão), foi criada com o objetivo de estabelecer uma plataforma de partilha de experiências e de soluções que constituem exemplos de boas práticas urbanas em matéria de mobilidade sustentável, suave e ativa.

Nas ações previstas no âmbito do protocolo, que será hoje assinado pelo vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, e pela presidente do ICVM, Paula Teles, enquadra-se o trabalho em rede e a partilha de boas práticas, através de experiências de sucesso que anulem o risco de insucesso e custos financeiros desnecessários; ações de formação nacional e internacional dirigidas aos técnicos municipais do Espaço Público, que melhorem as suas competências e potenciem os seus conhecimentos na elaboração de projetos; a participação em seminários e conferências e a receção de informação sobre modelos e modos de intervenção urbanos.

Este esforço conjunto do Município do Porto e do ICVM contribuirá para o reforço da caminhabilidade na cidade do Porto, secundado por um novo conceito de partilha do espaço público que teve o seu arranque com a implementação, há cerca de meio ano, da Rede 20, programa municipal que estabelece, em mais de 30 km de via, a velocidade máxima de circulação automóvel de 20 quilómetros por hora, com prioridade para o peão e modos suaves. Em última análise, o trabalho em rede vai permitir agilizar a implementação de medidas, otimizando os investimentos realizados na beneficiação de percursos pedonais. Os resultados, esses, ultrapassam a esfera urbanística. Incentivar os cidadãos a andarem a pé pela cidade promove a economia de proximidade, beneficiando o comércio local; estimula a qualificação contínua do espaço público, que passa a ser considerado espaço de socialização, e não meramente espaço de passagem; motiva o regresso aos caminhos casa-escola, casa-trabalho, e vice-versa, aportando indiretamente ganhos ao nível da saúde pública; e dá um assinalável contributo para a mitigação das alterações climáticas.

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