A Maia vai ter as linhas aéreas de eletricidade enterradas. O ambicioso projeto para desmobilizar linhas aéreas de transporte e distribuição de eletricidade, substituindo-as por novas infraestruturas enterradas está a ser implementado pela E-Redes e pela REN – Redes Energéticas Nacionais. Este esforço visa melhorar a eficiência energética, a segurança e a integração paisagística no concelho.
A este propósito, o Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, afirma que “embora a Câmara Municipal não tenha qualquer competência nem responsabilidade sobre as linhas de transporte de energia de média e de alta tensão, a verdade é que tem vindo, desde há anos a esta parte, a desenvolver contactos e esforços junto das entidades que podem, efetivamente, desmobilizar as linhas aéreas de transporte e distribuição de energia, enterrando-as no subsolo”.
“Eu próprio, tenho mantido um diálogo pessoal e institucional com as administrações da E-Redes SA e a REN Redes Energéticas Nacionais, que tem resultado numa franca e muito positiva cooperação e partilha colaborativa de esforços, sempre com o envolvimento proativo dos serviços técnicos do Município da Maia, com vista a libertar, tanto quanto possível, o território concelhio destas linhas que já não são aceitáveis numa paisagem urbana cuidada como é a da Maia”, acrescentou o autarca.
De acordo com António Silva Tiago “esta operação de desmobilização não é um ponto final, pelo contrário, estamos a dar continuidade a este processo até que consigamos que essas entidades desmobilizem todas as linhas aéreas de transporte e distribuição que atravessam o concelho da Maia, razão pela qual continuaremos esse caminho de diálogo e cooperação institucional até alcançarmos as nossas pretensões”.
A E-Redes, responsável pela rede de distribuição de eletricidade, planeia a desmobilização de 11 linhas aéreas de 60 kV, correspondendo a 34,1 km de extensão e 144 apoios. Para isso, vão ser construídas oito novas infraestruturas enterradas, com um total de 13,5 km, a concluir até 2029.
As linhas Vermoim (REN) – LIPOR II, Vermoim (REN) – Amieira e Vermoim (REN) – Custoias II, com um total de cinco quilômetros de extensão e nove apoios, vão ser substituídas por uma infraestrutura enterrada de 2,9 km, cuja obra vai começar em 2025 e deverá estar concluída em 2027. A desmobilização destas linhas aéreas está prevista para o primeiro semestre de 2028.
A linha Vermoim (REN) – Gueifães, com 1,9 km de extensão e 12 apoios, vai ser substituída por uma nova infraestrutura enterrada de 3,6 km, com previsão de início das obras em 2025 e conclusão em 2028. A desmobilização da linha atual deverá ocorrer no primeiro semestre de 2029.
As linhas Vermoim (REN) – Alfena e Vermoim (REN) – Travagem I e II, com um total de 1,7 km de extensão e 62 apoios, vão ser substituídas por uma infraestrutura enterrada de 0,7 km. As obras têm início previsto para o segundo semestre de 2025 e conclusão em 2029, com a desmobilização das linhas existentes agendada para o primeiro semestre de 2029.
Por fim, a linha Gueifães – SPO, com 5,3 km de extensão e 24 apoios, vai ser substituída por uma infraestrutura enterrada de 0,8 km, com previsão de início das obras em 2025 e conclusão em 2029. A desmobilização está programada para o primeiro semestre de 2029.
A REN, responsável pela rede de transporte de eletricidade, vai desmobilizar duas linhas aéreas de 220 kV, com 1,2 km de extensão e quatro apoios no concelho da Maia. Estas linhas vão ser substituídas por infraestruturas enterradas já planeadas em conjunto com a autarquia.
Com a execução deste projeto, o concelho da Maia elimina 35,3 km de linhas aéreas e melhora a paisagem urbana, para além de promover uma infraestrutura energética mais sustentável e integrada. A iniciativa reforça o compromisso do Município da Maia com a modernização e a qualidade de vida dos seus cidadãos.