Exposição “Pina Germano” inaugura às 17 horas com presença de Rui Moreira
Manuel António Pina é o autor homenageado na 10.ª edição da Feira do Livro do Porto, que já faz parte da agenda cultural da cidade. A feira literária está de regresso aos Jardins do Palácio de Cristal e, entre 25 de agosto e 10 de setembro, são mais de uma centena de editoras, livreiros e alfarrabistas que vão ocupar a Avenida das Tílias. A inauguração da exposição “Pina Germano” e a música de Mafalda Veiga são alguns dos destaques do primeiro dia.
Uma vez mais, a cultura, a música, o cinema e o humor vão invadir os Jardins do Palácio de Cristal, com “os livros, sempre eles, em lugar de destaque”, tal como refere o presidente da Câmara Municipal do Porto. Esta sexta-feira, 25 de agosto, às 17 horas, Rui Moreira e Jorge Sobrado, diretor do Museu do Porto, inauguram a exposição “Pina Germano”. Após este momento, segue-se uma visita ao recinto do evento.
“Pensar e sentir por imagens”
O último fim de semana de agosto marca o arranque de um programa que, ao longo de três semanas, leva a diferentes espaços dos Jardins do Palácio de Cristal 20 conversas, 21 concertos, quatro sessões de cinema, cinco sessões de comédia e 58 atividades para crianças e famílias.
Na Avenida das Tílias, epicentro do festival literário, uma das árvores ganha novo simbolismo. A décima tília da Feira do Livro será atribuída em memória do homenageado deste ano, numa cerimónia que decorre às 15 horas de sábado, dia 26 de agosto. No mesmo dia, às 16 horas, no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Rui Lage, comissário da Homenagem a Manuel António Pina, conduz a conversa “A Presença do Mistério”, uma viagem pelas singularidades poéticas do autor e jornalista.
Um tributo ao autor que, parafraseando Pessoa, “pensa e sente por imagens”, não se faz só por palavras. Aficionado da sétima arte, Pina foi protagonista da curta-metragem “As Casas não Morrem”, de Inês Fonseca Santos e Pedro Macedo Portugal, que vai ser exibida às 21 horas de sábado, dia 26 de agosto, no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett. “Se a Memória Existe”, de João Botelho, integra, também, a inauguração do ciclo “Manuel António Pina e o Cinema”. Os realizadores Inês Fonseca Santos e João Botelho estarão, depois, à conversa.
No domingo, o auditório da biblioteca exibe, às 15 horas, “Um sítio onde pousar a cabeça”. O documentário de Alberto Serra e Ricardo Espírito Santo revela Manuel António Pina na primeira pessoa, com testemunhos de amigos, familiares e especialistas da sua obra.
A música, parente da literatura, também se vai fazer ouvir no Lago dos Cavalinhos e na Concha Acústica dos Jardins do Palácio de Cristal, durante o fim de semana de abertura do evento. A cantora Mafalda Veiga (sexta-feira, dia 25 de agosto, às 19 horas), o trio de Jazz Themandus (sábado, dia 26 de agosto, às 11h30) e a banda Ruge – um projeto de Rodrigo Guedes de Carvalho, Daniela Onis e Ruben Alves (domingo, dia 27 de agosto, às 19 horas) – vão animar os primeiros visitantes da edição deste ano do festival literário.
Exposição “Pina Germano” patente até janeiro de 2024
Através de cartas, documentos e fotografias, “Pina Germano” – que se mantém na Biblioteca Municipal Almeida Garrett até janeiro 2024 – retrata a amizade entre Manuel António Pina e Germano Silva, contador de histórias da cidade que os uniu.
A partir de memórias, epístolas, fotografias e outros documentos, apresenta-se a “grande história de amizade, amor e correspondência portuense dos nossos dias: a história que ligou (e liga ainda) o poeta e jornalista Manuel António Pina (desaparecido em 2012) ao também jornalista e historiador local, Germano Silva”, sublinha Jorge Sobrado.
